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domingo, 16 de abril de 2017

“Quatro ou cinco” bancos comerciais moçambicanos expostos às dívidas


Quatro ou cinco bancos comerciais que operam em Moçambique, estão expostos às dívidas ocultas que levaram o país à “crise” financeira e ao incumprimento por duas vezes.

Sem mencionar os nomes, o governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela, disse na semana finda que “gostaria muito de poder dizer quais são os bancos envolvidos, mas há questões de confidencialidade”, acrescentando que seria “imprudente e negligente” avançar mais informações.

Entretanto, Zandamela afirmou que “neste momento, não tem sido um problema: somente uma percentagem muito pequena dessa dívida está nos bancos comerciais – se não me engano são quatro ou cinco bancos que têm na sua carteira” a dívida emitida nos últimos três anos.

Segundo o governador, o impacto directo das dívidas sobre a carteira destes bancos depende dos valores envolvidos e, neste momento, reafirmou, “não tem sido um problema para o sistema financeiro moçambicano”.

“As instituições nacionais têm níveis de capitais e liquidez para sustentar qualquer risco que exista pelas operações destas dívidas”, disse. O Governador do banco central falava durante uma conferência de imprensa sobre decisões do Comité de Política Monetária.

Refira-se que, o caso das dívidas ocultas envolve empréstimos contraídos pela ProIndicus, MAM e EMATUM e avalizados pelo Governo moçambicano, em 2013 e 2014, no valor de 1,4 mil milhões de dólares – a que se juntam mais 727,5 milhões da emissão de títulos de dívida soberana que resultaram da reconversão das obrigações corporativas emitidas pela Ematum.

Sem o conhecimento da Assembleia da República e dos doadores internacionais, a descoberta das dívidas ocultas levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os principais doadores internacionais a suspender a sua ajuda ao país, condicionando o reatamento dos apoios à realização de uma auditoria internacional independente, que está em curso.

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